21 de mai. de 2010

Tony Hernandez faz palestra sobre Alfabetização Informacional



Alfabetização informacional, literacia informacional ou competências informacionais? Não importa o nome, o certo é que é um processo de aperfeiçoamento das buscas por informação na Internet de maneira crítica. Esse foi o tema da palestra do professor Tony Hernandez para os alunos da disciplina Comunidades Virtuais de Aprendizagem e de Prática (CCVAP) da professora Brasilina Passarelli no curso de Pós-Graduação da ECA-USP. O professor é do Departamento de Biblioteconomia e Documentação da Universidade Carlos III de Madrid, Espanha.

A alfabetização informacional encontra-se em três segmentos: multimodal (meios), geral (nível) e temática (para uma área do conhecimento específico como ciência, saúde, etc.). Seu principal desafio encontra-se no desenvolver das habilidades de biblioteca e habilidades das Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC) que organizam os usuários em quatro níveis: novatos, principiantes, competentes e expertos.

As primeiras habilidades agrupam as competências para reconhecer uma necessidade de informação, distinguir formas de resolvê-la e construir estratégias para localizá-la. Já as habilidades de TICs levam às competências de localizar e acessar; comparar e avaliar; organizar, aplicar e comunicar; e sintetizar e crer.

Hernandez também abordou "O Processo de Bolonha" que unificou regras da educação superior na Europa, facilitando dessa forma o reconhecimento dos cursos de graduação de todos os países. Seu objetivo é garantir que a qualidade do ensino universitário em toda a Europa seja equiparável. Para o palestrante estamos em tempos de mudanças, principalmente, em sua área de atuação, a Biblioteconomia. Em seu país, por exemplo, a nomenclatura desse curso agora é “Ciências da Informação e Documentação”.

Em sua palestra apresentou uma série de questões atuais que desafiam os profissionais dessa área de atuação. "Hoje tudo é recurso digital, as coleções físicas estão ficando escassas, há convergências de meios, há mudanças na orientação dos serviços nas bibliotecas que passam a ser 'just in case' [compra-se sob encomenda], há novos setores de informação e novos
usuários," defende o especialista.

Acrescenta ainda que nas bibliotecas acadêmicas, a aprendizagem e investigação estão acontecendo de forma colaborativa, pois o ensinamento torna-se flexível e a distância. Seu tempo está sendo incrementado para a dedicação do ensinar. Outra importante mudança nos cursos, não só no de Biblioteconomia, é a inserção de uma disciplina de alfabetização informacional cujo objetivo é oferecer técnicas de busca e uso da informação.

Ir além do Google e da Wikipédia é o primeiro grande desafio, isso porque o buscador não apresenta nem 25% do conteúdo disponível na Internet, segundo pesquisa. E o site de autoria coletiva deve ser sempre um ponto de partida [como linkei acima] para ir em busca de outras fontes críticas, éticas e mais credíveis, ou seja, que tenham autoridade para falar sobre o assunto.
Dessa forma, os estudantes aprendem a “buscar informação de forma crítica nas fontes de informação credíveis. São conscientizados sobre a importância do sistema de citações na atividade científica e ensinar as normas básicas para citação de fontes e documentos, fomentar o uso ético da informação e a promover o uso das fontes de informação acessíveis através do serviço de biblioteca,” salienta Hernandez.

Para ouvir a palestra na íntegra, clique aqui ou clique no play ouvir.




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