14 de jun. de 2008

Educomunicação: uma maneira de fazer EAD

Educomunicar no ciberespaço é apenas mais um desafio da educomunicação e de seus agentes, os educomunicadores. O ciberespaço entendido como um conjunto de ambientes digitais e não-digitais cria condições para a interação criando o ciberlugar, como define o educador Cassiano Zeferino de Carvalho Neto em sua obra “Por uma Escola Inteligente”.

Sendo um novo campo de intervenção social, a educomunicação é um conjunto de ações voltadas à criação de ecossistemas comunicativos abertos e criativos em espaços educativos. Esse novo campo é inter-discursivo, inter-disciplinar e mediado por tecnologias da informação.


É importante, lembrar que tecnologia não é o mero uso de aparatos tecnológicos – pois estes são mídias – mas a solução que exige autoria de seus interlocutores. Assim, se dá o ensino a distância – EAD – que se manifesta na área “mediação tecnológica”, uma das áreas de intervenção da educomunicação. O termo também difere de tecnologia educativa, uma vez que compreende a ampliação do coeficiente comunicativo entre os atores do processo, como lembra Ismar de Oliveira Soares.

A EAD é bem mais que o ensino de um determinado tema. É uma possibilidade de criação de comunidades virtuais capazes de criar laços até mais fortes emocionalmente que as inibições causadas na comunicação face-a-face, como constatou a pesquisa de Palloff e Prat em que trabalharam o conceito “computer-mediated distance education – CMDE” em busca do coeficiente de comunicação existente nas relações estabelecidas no ensino a distância.

Pode, ainda, ser encarada como uma gestão de ecossistemas comunicacionais, uma vez que o educomunicador precisa empreender um projeto de educação a distância, focado no aprender. É nesse contexto de interatividade que aparecem as comunidades virtuais, conseqüência natural da comunicação efetivada entre as pessoas por meio dos aparatos tecnológicos ligados à internet.

Um projeto de EAD pautado na educomunicação passa pela definição dos procedimentos internos, tais como a relação entre as pessoas envolvidas no projeto, sejam professores, estudantes e equipe gestora. Tal processo é fundamentado em competências, habilidades e padrões de desempenho. Nessa proposta de gestão, o conteúdo pode ser construído de maneira colaborativa pela equipe.

Assim é o EAD Aprendaki (www.aprendaki.net), um ambiente de aprendizagem colaborativo, fundamentado na educomunicação, no ensino baseado no desempenho do aluno e utilizando a plataforma Moodle – um software livre desenvolvido de acordo com os princípios construtivista e colaborativo.

* Antonia Alves é jornalista e educomunicadora. É gestora de educomunicação e jornalismo no Portal Educacional Aprendaki.
Este artigo também pode ser lido no Blog.Aprendaki, no Blog Cibercidadania, no Portal Educacional Aprendaki.com.br e no Recanto das Letras

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