15 de jun. de 2008

Educação: Resistência ou medo das novas tecnologias interativas

Quem nunca entrou num site de relacionamento, em uma sala de bate-papo ou trocou mensagens instantâneas com a sua lista de contato? É principalmente esse universo baseado em ambiente colaborativo que tanto empolga os estudantes em busca de novas experiências. Por esse motivo, muitos sites têm passado por verdadeiras transformações para atrair essa clientela cada vez mais exigente.

Já faz parte da rotina de muitos educadores e estudantes a navegação diária em busca de novas informações, de notícias, de artigos em um determinado assunto para enriquecer um conteúdo ou um conhecimento prévio. Por isso, é cada vez mais comum encontrar links nos sites para uma busca de informações no próprio site ou na internet.



Também nos sites das instituições de ensino é possível enxergar esses novos recursos. Entretanto, ainda é difícil encontrar interatividade nos sites de escolas, faculdades. São pouquíssimas aquelas que dispõem um blog para seus alunos e educadores. Será que é medo do desconhecido ou de ouvir críticas? Será que há resistência por parte dos dirigentes das instituições ou de seus educadores? Será que a postura hegemônica continua arraigada nos ambientes escolares negando a possibilidade de se aprender na Internet?

Estamos diante de um caminho arriscado, mas desafiador. No entanto, se faz necessário, registrar que muitos educadores resolveram trilhar esse caminho para que seus alunos possam negociar as informações se apropriando dessas tecnologias e seus recursos. Todos sabem que há abusos, desvios e intolerância. Mas negar essa possibilidade aos jovens, é negar-lhes o direito à vida, à expressão, à participação, à colaboração.

Em artigo recente publicado revista Comunicação & Educação, o especialista em educomunicação Ismar de Oliveira Soares do NCE/USP assegura que “o caminho mais saudável é o da convivência com o fenômeno, criando condições para que os jovens transformem-se, eles mesmos, em usuários atentos e críticos: se é verdade que o jovem brasileiro tem sido aquele mais se identifica com os mecanismos de relacionamento propiciados pela tecnologia digital, cabe à educação apropriar-se, nada como uma negociação entre os educadores e os educandos para que se encontre o ponto de equilíbrio”.

A convivência entre os usuários, a interatividade com o conteúdo do Portal, a colaboração no envio de notícias, artigos e conteúdo de pesquisa escolar, a interatividade através de comentários, bate-papo e troca de mensagens são os fios que tecem a educomunicação nos ambientes educativos, alargando o espaço da mediação tecnológica que tende a crescer nas instituições. É também esse critério que tem iluminado o Portal Educacional Aprendaki em todas as suas áreas de atuação. É nesse ambiente colaborativo que o Aprendaki convida seus usuários a colaborarem sem medo de errar, desafiando o novo e dando a vez para que eles se tornem protagonistas de sua história educacional e tantos brasileiros fazendo parte do grande movimento de inclusão digital pelo acesso a conteúdos significativos, qualitativos e gratuitos.

* Antonia Alves é educomunicadora e jornalista, gestora da área de Gestão de Educomunicação e Jornalismo do Portal Educacional Aprendaki – www.aprendaki.com.br.

Este artigo também pode ser lido no Blog.Aprendaki, no Blog Cibercidadania, no Portal Educacional Aprendaki.com.br e no Recanto das Letras

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