Etnografía Virtual, livro de Christine Hine (Editorial UOC: tradução para o espanhol por Cristian P. Hormazábal, em 2004; 214 páginas; Colección Nuevas Tecnologías y Sociedad), ainda sem tradução para a língua portuguesa.
O livro agrupa seus capítulos em duas partes. A introdução apresenta a obra desde a concepção do método etnográfico, a escolha do objeto de estudo, motivando o leitor para adentrar no âmago da questão. Christine Hine é professora da Universidade de Surrey (Grã Bretanha) e uma das investigadoras mais reconhecidas no âmbito dos estudos de Internet, mas especificamente etnografia virtual.
É no quarto capítulo – “La producción de uma etnografia virtual” – que a autora descreve a estruturação e a condução da etnografia baseada numa série de fundamentos analíticos a partir do objeto de estudo: um estudo de caso midiático de um processo judicial que envolveu a população em torno da Internet com pessoas que o apoiavam. Trata-se do processo de Louise Woodward, uma adolescente inglesa que trabalhava como babá e que foi julgada em Boston pelo assassinato de um bebê que estava sob seus cuidados.
Dessa forma os capítulos V, VI e VII (“Tiempo, espacio y tecnologia; Autenticidad e identidad en entornos virtuales; Reflexiones”) chegam ao clímax da etnografia como tal a partir das elucidações das questões que plantearam a pesquisa.
O argumento da obra sugere que o agente de mudanças não é a tecnologia em si mesma, mas seus usos e a construção de sentido que se faz ao redor dela. Por este motivo, a etnografia se torna uma metodologia ideal para o estudo das complexas interrelações existentes na Internet, levando o investigador a adentrar nesse universo por um período de tempo, apropriando-se das relações, atividades e significações que se forjam entre aqueles que participam dos processos sociais deste universo. Apesar de estar suficientemente próximo, mantém a distância necessária para dar conta da investigação proposta.
• ¿Cómo los usuarios llegan a comprender las capacidades y posibilidades de Internet? ¿Qué implicaciones tiene su uso? ¿Qué interpretan de ella en tanto medio de comunicación y a quién perciben como audiencia?
¿De qué modo afecta Internet a la organización de las relaciones sociales en el tiempo y el espacio? ¿Es distinta esa organización a la de “la vida real”? Y si la respuesta es afirmativa, ¿cómo los usuarios reconcilian lo virtual y lo real?
¿Cuáles son las consecuencias de Internet sobre los sentidos de autenticidad y autoría? ¿Cómo se desempeñan y experimentan las identidades, y cómo se juzga la autenticidad?
¿Es “lo virtual” experimentado como algo radicalmente diferente y separado de “lo real”? ¿Hay una frontera divisoria entre la vida online y offline? (HINE, 2004:17-18).
O livro importado pode ser lido – alguns capítulos – no Google Livros e adquirido em livrarias indicadas nesse mesmo link. Mas por ser importado demora cerca de oito semanas para chegar.
Oi Antonia
ResponderExcluirMuito produtiva a sinópse que vc fez da Hine,C. sou doutorando em Comunicación y Educación en entornos virtuales - UNED.ES é realmente uma pena que um livro tão bom não chegue de maneira mais fácil às nossas mãos. Abraços Ronald
Que bom ue a resenha ajudou...
ResponderExcluirAté que havia a possibilidade de comprar o livro, mas demorava muito para chegar e estava precisando com urgência, então, recorri ao Google Livros...
Abs
Antonia Alves