11 de set. de 2009

Ainda sobre a entrevista de Martín-Barbero

Numa discussão na lista de discussão EAD-BR a respeito da entrevista que a Folha de São Paulo realizou com Martín-Barbero levada ao grupo por João José Saraiva da Fonseca (Doutor em Educação / Mestre e Especialista em Educação Multicultural), fiz uma argumentação e gostaria de expô-la aqui.

A entrevista com Martín-Barbero desvela um horizonte muito presente hoje em nossa sociedade midiatizada. No livro citado na entrevista, sua obra prima, "Dos meios às mediações", aborda determinados exemplos em que as pessoas se apropriam de determinadas citações, como o uso de uma rádio comunitária, para melhorarem enquanto pessoas.

Pensando nesses exemplos e fazendo um paralelo com sua fala final nessa entrevista registrada abaixo, vejo que a educomunicação é uma alternativa viável:

"Temos acesso a tantas coisas e tantas línguas que já não sabemos o que queremos. Hoje há tanta informação que é muito difícil saber o que é importante. Mas o problema para mim não é o que vão fazer os meios, mas o que fará o sistema educacional para formar pessoas com capacidade de serem interlocutoras desse entorno; não de um jornal,
uma rádio, uma TV, mas desse entorno de informação em que tudo está mesclado. Há muitas coisas a repensar radicalmente. "

O desafio dos educadores é dar condições para seus alunos se apropriem das tecnologias (do como fazer/utilizar as técnicas e meios) para ressignificar sua vida e daqueles que estão ao seu redor. Exemplos dessa situação são os muitos projetos que estão pipocando pelo Brasil por meio da assessoria do Núcleo de Comunicação e Educação (NCE) da
USP que tem como principal expoente o professor Ismar de Oliveira Soares, coordenador do NCE/USP
.

A proposta educomunicativa trabalha por meio de áreas. Uma delas é a mediação tecnológica em que o Ensino a Distância (EAD) se encaixa como demonstra o professor Ismar em artigo do livro "Ensino Online" organizado por Marco Silva.

A mediação tecnológica e educomunicativa cria uma atmosfera de negociação, de comunicação, de argumentação, tornando o fazer pedagógico mais democrático e dando condições aos estudantes de se tornarem co-produtores de sua aprendizagem.

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